A nova classe média (C2) é composta por um grupo que antes era apontado como pertencente à classe D, mas que conseguiu sair da baixa renda e aumentar sua arrecadação mensal familiar para um valor que vai de um mínimo de R$ 1064,00 a um máximo de R$ 4561,00, de modo a ficar muito próximo do que se convencionava chamar de classe C.
Pesquisas realizadas com pessoas que passaram a ocupar a esta nova classe apontam que esta mudança permitiu a elas se tornarem grandes consumidoras, representando 46,24% do poder de compra. Este dado confere a elas a predominância com relação às outras classes, que representam 44,12% (A e B) e 9,25 (D e E).
Só em 2009, estudos apontaram que a classe C foi responsável por 881 bilhões de reais dos gastos com consumo. Só na área de educação, com pagamento de escola, material escolar e livros, o consumo foi de 15,7 bilhões, sendo que em 2002 esse consumo foi de 1,8 bilhão.
A classe C também é responsável por 78% do que é comprado em supermercados e tem movimentado R$ 273 bilhões na internet por ano somente com seu salário.
O alto estilo desta baixa renda também tem feito com que elas optem pelos serviços privados de educação e saúde, por exemplo, ao invés do público, buscando a qualidade.
Um problema - Ao mesmo tempo em que isso tem dado força ao mercado, tem feito também com que eles enfrentem dificuldades para atender a uma demanda tão grande de prestação de serviço.